Doodoo Dândi
O Corinthians veio para 2022 de um jeito muito parecido como havia terminado em 2021. Mas, pior até do que isso, o time que começou jogando este ano muito queria parecer-se com times que já foram desmontados faz alguns anos.
Elencos envelhecidos podem até ser mantidos conforme as necessidades que precisam ser atendidas: favorecer o amadurecimento de jogadores da base, 'endurecer' partidas que precisam de mais 'malícia', de mais 'capacidade nervosa' por parte do time, dificuldades que atletas mais experimentados certamente sabem resolver com mais apuro do que jovens recém-promovidos ao profissional. Tudo isso é preciso considerar na montagem de uma equipe, ninguém com algum entendimento sobre futebol se atreverá a contrariar essas certezas.
Porém, nas poucas vezes em que me A-T-R-E-V-I a discutir Corinthians nestes espaços, sempre defendi a opção de renovar o elenco do time principal, uma importância de que este clube muito se descuidou durante muitos campeonatos, mas que, curiosamente, tem sido bem encaminhada neste ano. É claro, renovar não significa RESULTADOS IMEDIATOS, vitórias incontestáveis, futebol bonito em toda rodada! Não é assim! Renovar é a razão de ser da própria vida: é colocar 'novo ar dentro do pulmão', é tratar doença que 'anda a castigar o corpo ou o espírito', é melhorar 'o funcionamento de alguma coisa que já apresenta problemas de operação'.
Nos campeonatos de 2021, alguns nomes começaram a ter chances. Agora, aparecem outros a ganhar 'tempo de bola'. Alguém dirá: '-Raul Gustavo é ruim! (com o que estou de acordo!)', 'Du Queiroz (Queirós, não sei) parece jogador de videogame!', 'Lucas Piton não consegue manter o mesmo nível de atuação por um jogo inteiro!' e coisas desse tipo. São verdades essas afirmações? Até podem ser, mas QUEM, no cenário do que seja o futebol nacional, está a superar o desempenho desse pessoal? Aparentemente, só Palmeiras e Flamengo. Os demais, ou estão a verificar os iguais problemas corintianos ou estão a lidar com outros ainda piores. E, do par Palmeiras e Flamengo, é certo que o primeiro desses foi o clube que mais se preocupou (ao longo desss gestões que comandam aquele time) em RENOVAR, em preparar equipes jovens que aguentassem mais do que duas temporadas.
Concordo que para as honras de uma GALERIA DE HERÓIS INSUPERÁVEIS é legal ver um jogador ser duradouro dentro um clube: Cássio com mais de 600 jogos; os PAUS-P'RA-TODA-OBRA Fagner, Fábio Santos e Gil; os campeoníssimos Renato Augusto, Paulinho, Balbuena... Todos estão a merecer a admiração e o respeito da torcida. Mas futebol não é CONSAGRAÇÃO PERPÉTUA, não é disputa que se define com glórias passadas! O grau de competição imposto por esse esporte exige mais do que apenas tradição, talento, sucesso: -é preciso APRENDER A MONTAR EQUIPES, priorizar conjunto em vez de individualidades, enxergar formações em que sejam possíveis duas ou três alterações a cada ano, sem que se perca a qualidade do grupo, do futebol que o todo pretende praticar.
E assim faço o fecho para esta postagem: o Corinthians acerta em USAR OS MOÇOS, mas erra DEMAIS em INSISTIR COM 'MEDALHÕES'! No ano passado, EM LUGAR de aceitar os elogios fáceis da crônica esportiva, quando repatriava de uma vez só Renato Augusto, William (Willian, não sei), Paulinho, por exemplo, deveria ter preferido buscar jogadores com o mesmo 'apetite' de Róger Guedes. No momento de AGORA, AINDA É MUITO CEDO para formar uma opinião negativa sobre Yuri (Iuri, desculpem) Alberto, Balbuena e Fausto, todos esses a dar sinal de serem boas investidas. Bruno Mendez (Mendes) tem condições de se firmar como titular. Esse goleiro que jogou contra o Atlético de Minas, igualmente.
O Corinthians tem de pensar A-D-I-A-N-T-E e parar de S-O-F-R-E-R com os erros já cometidos!