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Dualib & Sanchez: sombras de uma mesma figura
Jorge Freitas

Colunista esportivo do portal 'No Ângulo', este internacionalista é mais um louco do bando e busca analisar o Timão com comprometimento com a realidade e as necessidades do maior clube do planeta.

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Dualib & Sanchez: sombras de uma mesma figura

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Opinião de Jorge Freitas

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Dualib & Sanchez: sombras de uma mesma figura

Andrés Sanchez e Dualib: são apenas faces de uma mesma moeda.

Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians

Com um começo de temporada terrível, o Corinthians corre o risco de sequer se classificar ao mata-mata do Paulistão.

Andrés Sanchez, indicado por muitos como o melhor presidente da história do clube até 2018, tornou-se o grande responsável por uma crise que coloca um dos maiores clubes do mundo longe da briga de títulos importantes e da formação de times competitivos.

O problema é que não é a primeira vez que o Timão se torna refém de um só homem. Foi assim até meados da década inicial deste século, quando Alberto Dualib, presidente com maior número de títulos em nossa história, foi escrachado para nunca mais voltar.

De lá pra cá, o clube amargou o inédito rebaixamento, mas retornou e alcançou o topo do mundo, além de se tornar o clube brasileiro mais vencedor da última década.

Quando Andrés Sanchez surgiu no Corinthians, estávamos no fundo do poço. Somente a fé que carrega a nossa torcida, chamada de Fiel não por acaso, era capaz de acreditar que um clube endividado e envolto de polêmicas em páginas policiais pudesse sair do rebaixamento e alcançar o topo do Brasil e do mundo tempos depois.

Ou seja, nossa torcida sabe melhor que ninguém que um mandato duradouro é prejudicial e que somente uma renovação é capaz de reerguer o clube.

Mas se Andrés foi o personagem que alavancou o clube em 2008, deveria saber que, com sua sede pelo poder, tornou-se o novo Alberto Dualib e, pelo bem do Corinthians, deve deixar não somente a presidência, mas as zonas de influência do clube.

No entanto, o poder cega e, se Dualib saiu apenas porque se viu sem opção, Andrés não terá pressa a não ser que também seja pressionado.

Ao final das contas, é triste ver o clube novamente a usufruto de uma mesma pessoa e de seu grupo de apoiadores por mais de uma década. Assim como na gestão Dualib, a gestão Sanchez não parece ser capaz de realizar sequer um negócio confiável e que seja realmente bom para o clube.

O estádio, o time sub-23, os empréstimos, a relação suspeita com empresários, o patrocínio master. Tudo parece novamente coberto de lama.

Se a história é cíclica, estamos de volta a 2006. Campeões brasileiros em 2017, lutamos contra o rebaixamento em 2018 e fomos apenas meio de tabela no ano passado.

O declínio é claro, as polêmicas são grandes e a diretoria não parece ser capaz de fazer um bom negócio que diminua as dívidas e reencaminhe o clube às vitórias.

Tal qual 2007, os riscos estão altos e a renovação é fundamental.

Tratado como maior presidente da história do clube, Sanchez nada mais é que uma variável de Dualib, completamente cegos pelo poder da instituição.

Péssimos e insistentes, são apenas sombras de uma mesma figura: o cartola que monopoliza o clube.

Veja mais em: Andrés Sanchez, Diretoria do Corinthians e História do Corinthians.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Por Jorge Freitas

Colunista esportivo do portal 'No Ângulo', este internacionalista é mais um louco do bando e busca analisar o Timão com comprometimento com a realidade e as necessidades do maior clube do planeta.

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