O Corinthians não apenas perdeu em sua estreia na Copa do Brasil 2023, mas também foi posto na roda e saiu agradecendo por um placar mais elástico não ter acontecido nesta noite. Não é inédito, na história do futebol, que um time de menor expressão ganhe de um gigante, mas o acontecido desta quarta-feira é apenas mais um capítulo da triste história construída pelo incompetente trio formado por Duilio Monteiro, Alessandro Nunes e Roberto de Andrade

Hoje, contra o Remo, um verdadeiro baile, caracterizado pela derrota para um time da série C do Campeonato Brasileiro, que não vencia um grande clube paulista há 20 anos, e que significou apenas mais um dos inúmeros vexames construídos pela diretoria que está apenas há 2 anos e quatro meses no clube.

1. Fim do tabu para o São Paulo

Já é possível começar a lista com um marco alcançado por tal diretoria. Pela primeira vez neste século, o Corinthians foi eliminado pelo rival São Paulo em uma competição de mata-mata. Até então, em clássico tudo pode acontecer, mas vale lembrar que o clube só teve que disputar o jogo decisivo no Morumbi em razão de não ter passado pelo Guarani, da série B, na Neo Química Arena em 90 minutos (precisou dos pênaltis para avançar, somou apenas um ponto e teve que realizar o confronto fora de casa).

2. Eliminação para o Ituano no Paulistão

Ainda fresco na memória corinthiana, o Timão de Duilio-Alessandro-Roberto não conseguiu se impor em casa contra um equipe que até um jogo antes brigava para não cair no Campeonato Paulista. Depois de sair perdendo no placar e mesmo com a Arena lotada, não foi capaz de virar o jogo no tempo normal e acabou despachado nos pênaltis.

3. Apenas um ponto somado contra o Always Ready

Sim, o Corinthians conseguiu a proeza de somar apenas um ponto em dois jogos contra o Always Ready da Bolívia pela Libertadores. Sempre pronto a dar vexame desde que Duílio assumiu o futebol do clube (digo desde a era como diretor), o Timão perdeu fora de casa jogando mal e, mesmo precisando de apenas uma vitória simples para assegurar a ponta do grupo e decidir as oitavas de final em casa, acabou levando o empate e teve que fazer um jogo sofrido contra o Boca Juniors para chegar às quartas-de-final.

4. Cota de ingressos contra o Flamengo

Essa daqui é coisa de amador. Em acordo às vesperas do jogo mais importante da temporada passada até então, o genial Duiílio Monteiro fez um acordo com a diretoria do Flamengo para ceder a mesma quantidade de espaços à torcida rival tanto na Neo Química Arena quanto no Maracanã, muito maior que o estádio paulista. Resultado, uma Fiel Torcida escondida no Rio de Janeiro e uma rubro-negra dominante atrás de um dos gols da Arena.

5. Eliminação para Atlético-GO na Copa do Brasil

Embora se fale muito do virada contra os goianos no ano passado, a realidade é que em 2021 o Corinthians foi eliminado pelos Atlético-GO na Copa do Brasil, depois de perder de 2 a 0 em São Paulo e empatar em 0 a 0 fora, e deixou de faturar uma boa grana pela ausência nas fases seguintes da competição.

6. Efetivação de treinadores sem experiência

Basta vermos alguns jogos dos principais times da Europa ou a diferença entre a estabilidade palmeirense e a bagunça flamenguista para entendermos a importância de um técnico com experiência, qualidade e competência. Isso é claro para todos, menos para o trio Duílio-Alessandro-Roberto, que até aqui referendou Sylvinho e Fernando Lazaro para comandarem o maior clube das Américas, mesmo que ambos não tivessem qualquer currículo para a exigência que o cargo oferece.

7. Eliminação na primeira fase da Sul-Americana

O Corinthians da atual gestão também passou vexame na Sul-Americana. Em um grupo fraco, acabou em segundo lugar, (apenas o primeiro se classificava) com direito a goleada sofrida contra o Peñarol e empate sem gols contra o River Plate, mas não o original, o do Paraguai. Detalhe, já estava eliminado após o quarto dos seis jogos que teria que disputar na competição.

8. Desempenho patético no principal clássico do clube

Desde que o trio assumiu, o desempenho do Corinthians contra seu principal rival, Palmeiras, é simplesmente patético. Foram, até então, oito partidas, com apenas uma vitória do Timão, aproveitamento de apenas 25% dos pontos conquistados. Além disso, eliminação no Paulistão 2021 em plena Neo Química Arena e, pela primeira vez depois de muito tempo, uma trinca com derrotas nos três jogos disputados no mesmo ano (2022).

9. Calote da patrocinadora

O Corinthians, representado por sua diretoria, foi literalmente feito de bobo por um patrocinador que chegou prometendo todo apoio ao clube, inclusive com pagamento de salários de jogador, mas que simplesmente desapareceu a deixou a dívida na mão do clube, que precisou gastar esforços e finanças para reaver o valor acordado na Justiça. Imagem arranhada do clube, que demonstrou não ter capacidade para escolher sozinho seus melhores parceiros.

10. Montagem do elenco

É inegável que o trio não tem muita noção de futebol e contrata por indicações de terceiros ou por identificação do jogador com o clube. Isso está mais do que provado depois da declaração de Alessandro dizendo que não iria atrás de um jogador para Renato Augusto, como se ele fosse o último meia a surgir na história do futebol. Mas não é só isso. A ausência de um lateral esquerdo substituto para Fabio Santos durante todo o mandado de Duílio, a chegada de nomes como Paulinho, Maycon, Romero e Balbuena muito mais por identificação do que pelo que estavam jogando em seus clubes, e a dificuldade em encontrar jogadores de beirada de campo são exemplos de como o trio dá vexame quand o assunto é montagem de elenco.

11. Zero títulos

Por fim (do que já foi, não do que está por vir), pela primeira vez em anos, o Corinthians vive a realidade de encerrar um mandado presidencial sem um título conquistado. Já ouvi o atual presidente desdenhar da conquista em prol da austeridade financeira, alegando que antes o Corinthians estava brigando para não cair e agora possui um bom elenco. Ele, talvez, tenha se esquecido que o time que brigava para não cair e que gastou milhões em jogadores ruins foi montado também por ele mesmo enquanto diretor da era Andres Sanchez.

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