Bastaram apenas 12 dias (ou 3 jogos) para que o óbvio já tenha se provado: a contratação de Vanderlei Luxemburgo foi mais um erro da atual diretoria corinthiana.

Não se trata de uma análise imediata, mas sim de uma óbvia contastação sobre a incompatibilidade entre a forma de jogar do treinador e o elenco que lhe foi entregue às mãos.

Não é difícil enxergar que o atual comandante do Timão possui ideias ultrapassadas e há muito tempo não faz um trabalho digno do tamanho do Timão (inclusive com passagem frustrante pela segundona chinesa). Suas entrevistas análisticas pós-jogos e a montagem do time dentro de campo bastam para comprovar que o "pojeto" tem data de validade para afundar e pode, com certo risco, levar o Corinthians junto ao fundo do poço.

Ontem, contra o Botafogo, mais um baile visto por todo e qualquer espectador de futebol, menos por Luxemburgo. Sem tempo para treinar, com jogadores de idade avançada e sem Renato Augusto, Vanderlei tem gasto seu tempo lutando para encontrar um novo esquema para a equipe, mesmo com três competições simultâneas e jogos a cada três ou quatro dias. Com isso, tem tampado buraco não com soluções em campo, mas com entrevistas fantasiosas.

E tudo isso tende a ser frustrante para o treinador e para a Fiel Torcida.

Não é culpa de Luxemburgo, maior campeão brasileiro, que ainda confia no seu trabalho e acha que pode voltar aos tempos áureos de antigamente (é importante ter autoestima elevada). Claramente, a sua contratação representa mais um erro da diretoria corinthiana, que não possui a menor ideia do que está fazendo nem mesmo quando tudo indica que não dará certo.

Desde a saída de Lázaro, a diretoria trouxe Cuca, tentou contato com Mano Menezes, Roger Machado e trouxe Vanderlei Luxemburgo, treinadores com estilos diferentes, o que prova que a chapa Renovação&Tranparência contrata, mantém e demite comandantes por tentativa e erro, não por análise técnica.

É triste afirmar isso, mas o Corinthians desta segunda metade da temporada precisava (e ainda precisa) jogar de maneira reativa. Com dois períodos de temporada desperdiçados entre janeiro e abril, não cabe agora, quando não se há tempo para treinar, buscar um time rápido, bem encaixado e que faça frente contra aqueles que estão com os mesmos treinadores há algum tempo.

O ideal, hoje, seria ajustar a defesa e jogar por uma bola, contando com a velocidade e capacidade de Roger Guedes e Yuri Alberto (este em péssima fase, mas com potencial de decisão indiscutível), coisa que Luxemburgo nunca foi especialista em fazer.

A se persistir como está, goleadas e eliminações serão comuns até dezembro.

Felizmente, não consigo ter certeza se o "pofexô" seguirá até o final da temporada, embora tenha a impressão que não. O problema é que, quando sair, possivelmente já teremos perdido duas competições e estaremos com a terceira totalmente comprometida. Com isso, além de mais uma temporada desperdiçada, ficamos por um fio de também não nos classificarmos para a Copa do Brasil do ano que vem, já que fomos eliminados pelo Ituano em casa na partida que valia a vaga na competição pelo Paulistão e agora dependemos de uma boa colocação nossa ou de nossos rivais (Palmeiras, São Paulo, Bragantino) no Campeonato Brasileiro.

Pior é pensar que nada disso precisaria acontecer se o clube tivesse um presidente um pouco mais inteligente.

Mas tudo bem se nada der certo. A Fiel estará lá para encher o estádio e dar dinheiro para esta diretoria mesmo assim.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.