180 minutos de Gabriel: até quando?
Opinião de Jorge Freitas
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Enquanto o São Paulo vencia o Palmeiras reserva fora de casa e fazia valer a necessidade de pontuar no Campeonato Brasileiro, o Corinthians procurava a bola no Maracanã contra o Flamengo também sem seus principais jogadores.
Se há uma semana, o Timão não viu a cor da bola contra o Atlético-MG, hoje repetiu a postura, jogou de forma covarde e não escondeu a frustração ao desperdiçar um ponto contra o Flamengo reserva no Maracanã e manter um tabu de anos sem vencer os cariocas pelo Brasileirão.
Não bastasse a luta pelo empate, num jogo em que uma equipe mais bem estruturada poderia sair com os três pontos, o corinthiano ainda precisa sofrer com uma figura que parece ter lugar garantido entre os titulares, independente de quantas contratações forem feitas.
Não por coincidência, tanto contra o Galo quanto contra o Flamengo, Gabriel esteve por 90 minutos mais os acréscimos como titular da equipe. Feito barata tonta, correu atrás da bola, sempre atrasado, errou passes, atrapalhou a saída de bola e, para piorar, levou canetas tanto de Zaracho como de Rodinei.
É inacreditável que um jogador desse nível permaneça titular do Corinthians por tanto tempo e com tantos treinadores. Leão de treino (deve ser fácil se destacar marcando o Luan)? Falta de concorrência? Ou seria o jogador mais gente boa de todo o elenco, a ponto de ganhar uma vaga na conversa?
Onde estaria a modernidade do treinador, que fez cursos na UEFA, mas não aprendeu que jogar com um volante só para marcação é mais antigo que mundial de fax?
E mesmo que fosse moderno, quem falou que Gabriel é forte na marcação?
O que Sylvinho pensa à beira do gramado quando substitui qualquer jogador, menos o volante, mesmo quando o time precisa buscar o gol, como no jogo de Belo Horizonte?
Não sabemos. Mas dentre tantas coisas inexplicáveis no futebol brasileiro, Gabriel titular por 180 minutos contra os dois melhores times do país é uma das mais intrigantes.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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