O Corinthians foi a Londrina nesta quarta-feira e "apenas" empatou com o modesto time da Portuguesa, do Rio de Janeiro, pela estreia na Copa do Brasil em jogo feio, mas com resultado bastante agradável.

Sim, é inegável que o tamanho de ambos os times é incomparável, mas é preciso considerar toda a realidade corinthiana neste momento e como as escolhas de Vitor Pereira podem (e devem) influenciar no rendimento da equipe contra adversários mais duros que virão a seguir.

Entendo quem ache absurdo o Corinthians enfrentar um clube pequeno do Rio de Janeiro e não sair com a vitória, mas a análise fria da situação é exatamente o contrário.

Já sabendo que, após essa partida, o Timão terá pela frente cinco confrontos diretos contra times da Libertadores da América (Palmeiras, Boca, Fortaleza, Cali e Bragantino), era totalmente recomendável que neste momento da competição contra um dos adversários mais fracos que enfrentaremos em toda a temporada, a equipe utilizada fosse a mais alternativa possível, com estreias de jogadores da base, além da utilização daqueles que terão poucas chances em jogos mais importantes.

Em suma, muito mais relevante do que vencer esse jogo era recuperar jogadores. Roger Guedes, Willian, Paulinho e Renato Augusto sequer viajaram. A dupla de zaga titular não jogou. Fagner voltou por 45 minutos para pegar ritmo. Momentos antes, o rival do próximo sábado travava uma batalha no Maracanã contra um favorito ao título e desgastava ainda mais seus jogadores.

"Ah, mas e se fosse um adversário melhor?". Aí sim teríamos um problema, mas não podemos sofrer com coisas que não aconteceram. É difícil para qualquer time do país levar três competições simultaneamente e com o Timão não será diferente.

Então, não podemos rejeitar que o calendário nesse momento sorriu para o Corinthians, que soube aproveitar perfeitamente. O jogo foi feio, pois não apenas não há entrosamento entre os escalados como também há jogadores que claramente não possuem qualidade para vestir a camisa do Corinthians, mas o resultado foi bom, pois uma vitória simples garante a classificação para as oitavas de final.

É importante, aliás, não cairmos na pilha de comentaristas da TV, que criticaram as escolhas de Vitor Pereira, especialmente no que diz respeito à não escalação do Luan, e reclamaram do resultado e do desempenho da equipe, pois a real impressão de quem de fato acompanha o clube é que o treinador português conhece cada vez mais seus jogadores e passou a entender quem tem e quem não tem condições de contribuir pelos bons resultados do clube.

Em tempo: Luan é certamente a pior contratação da história do clube, mas isso será discutido em uma próxima oportunidade. O que temos que considerar é que o jogo desta quarta-feira foi feio (deu preguiça), mas o resultado foi agradável (titulares descansados para o que há de vir e decisão da vaga na Neo Química Arena).

Veja mais em: Copa do Brasil.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.