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Precisamos falar sobre o sistema de voto no Corinthians
Marco Bello

Setorista do Corinthians desde 2009 pela Rádio Transamérica, Marco Bello acompanha o dia a dia do clube

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Precisamos falar sobre o sistema de voto no Corinthians

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Opinião de Marco Bello

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Precisamos falar sobre o sistema de voto no Corinthians

Duilio Monteiro Alves abraça seu pai, Adilson Monteiro Alves, e seu filho Orlando

Foto: Rodrigo Coca - Agência Corinthians

Neste domingo os sócios do Parque São Jorge elegeram o 31º presidente da história do Corinthians, Duilio Monteiro Alves.

Mais precisamente, 1.081 sócios. Ao todo, 2.873 sócios participaram da eleição.

Segundo a pesquisa Data Folha de 2019, o Sport Club Corinthians Paulista tem 29.149.743 torcedores espalhados pelo Brasil. Fora os torcedores de outros lugares do mundo. 29 milhões.

É como se cada sócio do clube representasse 10 mil torcedores do Corinthians.

Durante o período eleitoral, perguntei aos três candidatos à presidência a respeito do sistema de votação. Não é ultrapassado? Não é injusto? E os demais torcedores? E quem vai ao estádio? E quem compra camisa? E o torcedor que acompanha todas as partidas do time no radinho de pilha há 50 anos? Não tem o direito de também escolher o presidente?

Os três tiveram respostas parecidas. É algo que precisa ser discutido internamente, é um assunto importante, vamos propor ao conselho que se discuta a respeito, etc...

É óbvio que nenhum candidato à presidência iria cutucar esse ninho de marimbondo! Quem vota na eleição? O sócio! Quem é contra a mudança no sistema de votação? O sócio! O candidato que exaltasse esse tema simplesmente perderia a eleição.

Como já escrevi aqui neste espaço em outra oportunidade quando falei da enorme dívida que o clube social dá ao Corinthians todo ano: um desconto no cafezinho do Parque São Jorge vale mais que a contratação de um atacante em se tratando de eleição do Corinthians”.

Para que o sistema eleitoral possa ser alterado, é preciso mudar o estatuto. Para isso, é preciso que seja criada uma comissão de conselheiros para analisar a possibilidade. Depois, é preciso que o tema seja escolhido para que seja votado em outra comissão. Aprovado novamente. Votado novamente. Ou seja, é muito difícil e precisa de muita pressão para que aconteça a mudança.

E essa pressão não virá dos sócios do clube, tampouco dos conselheiros, que obviamente são todos contra.

Essa pressão tem que vir de fora. Das arquibancadas. Das organizadas. Sem fugir de dar nome aos bois: da GAVIÕES DA FIEL.

Se a principal organizada do clube não encampar essa briga, ela simplesmente nunca acontecerá.

Não entrarei aqui no tema de quantos sócios torcedores poderiam votar, de quanto tempo precisaria cada sócio torcedor estar adimplente para evitar fraudes, da possível diferença de voto entre sócio do clube e do sócio torcedor, de qual poderia ser o sistema de votação para quem não mora na cidade de São Paulo. Essas são discussões para depois.

Para quando o Corinthians quiser ser ainda mais democrático. Quiser novamente estar à frente de seu tempo. Dar exemplo a tantos outros, como sempre o fez. Como nos tempos da DEMOCRACIA CORINTHIANA, encampada pelo pai do futuro presidente, Adilson Monteiro Alves.

Veja mais em: Eleições no Corinthians.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Por Marco Bello

Marco Bello é jornalista, apresentador e repórter da Rede Transamérica de Rádio, setorista do Corinthians desde 2009

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