Os planos que fiz para esta quinta-feira
Opinião de Rafaela De Oliveira
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Bem antes do ano de 2017 chegar ao fim eu já fazia planos para o dia 25 de janeiro. Para esta quinta-feira de sol e feriado na cidade de São Paulo. Todos os convites que recebi antes desta data chegar foram negados com convicção. E sabe por quê? Porque, para esta manhã, fiz planos de estar no Estádio do Pacaembu, cobrindo a final da Copinha e, claro: na intenção mais otimista que tive, de ver o Corinthians sagrar-se campeão pela 11ª vez.
Sei que todos os torcedores que acompanham e torcem pela base do Timão queriam o mesmo. Porém, nesta quinta, seria um pouco diferente para mim. Deixaria as arquibancadas, onde já estive presente em tantas ocasiões, para realizar um sonho profissional. Seria a primeira vez que cobriria o trabalho da garotada de perto e, como setorista do time alvinegro pelo Meu Timão, traria tudo a vocês aqui no site. Mas não foi dessa vez.
Deixando um pouco as minhas intenções de lado, é certo ponderar que, mesmo torcendo, apoiando e acreditando até o final, a equipe deste ano, comandada pelo técnico Dyego Coelho, sofreu com perdas primordiais. Consequentemente, viu cair muito de sua competitividade. A regra instituída pela Federação Paulista de Futebol (FPF), organizadora do torneio, de que só jogadores nascidos a partir do ano de 1997 podiam subir ao gramado, tirou nomes importantes do elenco.
São os caso, por exemplo, do goleiro Luan, do volante Guilherme Mantuan e do atacante Carlinhos. Esses três atletas atuaram na fase mata-mata do Campeonato Paulista de 2017 e, depois da competição, onde foram superados pelo Palmeiras, nas quartas de final, se despediram do Timãozinho. Thiagão, Marquinhos e Pedrinho estão sob a mesma condição.
E o comando dos meninos do Parque São Jorge também mudou - figurando, possivelmente, a maior de todas as transições; depois de dois anos como auxiliar técnico de Osmar Loss, Coelho, ex-lateral do Corinthians, assumiu a função. Até agora, o treinador de 34 anos não alcançou nenhum triunfo com o time e segue tentando se firmar no cargo. E convencer a torcida.
Encarando a vida como ela é, depois de disputarmos quatro finais consecutivas, demos adeus ao torneio nas oitavas de final - com atuação irreconhecível frente a um adversário tecnicamente inferior. Para piorar, o tropeço diante do Avaí fez com que perdêssemos uma invencibilidade que já durava quatro anos. Paciência.
Resumindo: tanto os meus planos de cobrir uma edição de Copinha - vendo valer a pena os tempos em que pegava busões e muita, muita chuva para assistir aos jogos - quanto o do Timãozinho de colocar as mãos em mais um troféu e aumentar ainda mais sua hegemonia vão ficar para o ano de 2019.
Espero que o Corinthians trace metas desde já e faça um planejamento eficiente. Assim, os planos podem sair do papel na próxima temporada. Tanto os dele quanto os meus.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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