Celebremos o título. Celebremos a base do Corinthians
Opinião de Rafaela De Oliveira
66 mil visualizações 37 comentários Comunicar erro
Na tarde deste domingo, em Itaquera, o Campeonato Paulista de 2017 será decidido entre Corinthians e Ponte Preta. A história dessa final, já vivida há 40 anos, desta vez contará com enredo um pouquinho diferente. Além da mudança de fatores óbvios como o tempo, o espaço e os jogadores, a nossa última conquista não soma mais de 22 anos como naquela ocasião; o fizemos há apenas dois.
Com um elenco modesto, começamos a temporada desacreditados, sem grandes nomes e taxados de ‘’a quarta força de São Paulo’’ - o que, convenhamos, não foi algo fácil de se ouvir. Com os cofres vazios para contratações de peso, fizemos o que se esperava há muito: demos chance à base.
Dos 15 atletas promovidos das categorias inferiores que temos hoje no elenco, nove foram inscritos no Paulista. Guilherme Arana, com 13 jogos e Maycon e Léo Jabá com 12, foram os mais utilizados pelo técnico Fábio Carille. Caíque França, Pedro Henrique, Léo Santos, Léo Príncipe, Marciel e Pedrinho completam a lista. Isso, é claro, sem contar com Fagner e Jô, veteranos.
Com as assistências - e canetas - dadas por Arana, a marcação de Maycon e a garra de Jabá, os meninos do Terrão tornaram-se parte importante do novo padrão de jogo corinthiano. Terrão que, na equipe titular de 77, foi representado por apenas dois jogadores: Wladimir, e o saudoso Zé Eduardo.
Em entrevista exclusiva ao Meu Timão, Wladimir Rodrigues dos Santos, 62 anos, campeão paulista pelo Timão à época, analisa a ascensão dos garotos: ‘’Isso é sintomático. É fruto de uma geração muito boa que o Corinthians conseguiu reunir na base. É um avanço para o futebol corinthiano. Com certeza gastou-se muito menos para montar essa equipe. Então é gratificante.’’
Gratificante, também, é saber que o Paulistão foi o palco dos primeiros gols de Léo Jabá e Léo Santos como profissionais. O primeiro, marcou na vitória de 3 a 1 sobre o Linense, e o segundo, no empate em 1 a 1 justamente contra a Ponte Preta. Ambos os jogos válidos pela primeira fase do estadual.
Experiente, Wladimir afirma que ninguém chega à final por acaso e destaca a trajetória vitoriosa de toda a equipe. Em apoio à garotada, aconselha: ‘’Espero que eles não mudem a maneira de ser e a maneira de pensar, e entrem em campo com a mesma disposição e a mesma vontade de dar essa alegria à nação corinthiana.’’, finaliza o ídolo da Fiel.
Escrevo este texto com o coração cheio de alegria. Não só pelo fato do Timão estar perto de erguer a taça. Mas, além disso, fico feliz em saber que chegamos à final a partir de muita luta, superação e confiança, sobretudo nos atletas mais jovens. De ‘’quarta força’’ a campeão. Assim seremos lembrados pelo título paulista de 2017.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
Avalie esta coluna
Veja mais posts da Rafaela De Oliveira