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Cinco causas para o desastre do Corinthians no Allianz Parque
Rodrigo Vessoni

Formado pela FIAM, trabalhou na Rádio Transamérica e, por 12 anos, no LANCE!. Neste momento, também é repórter da Rádio 9 de Julho, SP (AM 1600). Participa ainda, quando chamado, de programas na TV.

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Cinco causas para o desastre do Corinthians no Allianz Parque

Goleada sofrida no Allianz Parque passou por Vagner Mancini e a postura tática do Corinthians

Foto: Rodrigo Coca / Agência Corinthians

A gente lê e ouve que um acidente aéreo jamais acontece por uma única causa. O mesmo pode se dizer de um 4 a 0 num clássico, que é raro. Raríssimo. E o Corinthians levou do Palmeiras no Allianz Parque. E não há apenas uma única causa na minha visão. A saber:

1) Soberba. O 5 a 0 diante do Fluminense trouxe um ar de 'embalamos e ganharemos quando quiser'. Mancini, na coletiva, usou uma palavra mais leve, falou em 'falta de concentração'. Pra mim, soberba mesmo. A goleada de quarta fez mal na segunda;

2) Tática errada. O Corinthians cansou de deitar e rolar no Palmeiras (principalmente no Allianz Parque) jogando atrás, deixando o rival se irritar de não conseguir criar, fazendo o gol e saindo vitorioso. No desastre, não. Mancini manteve o esquema e o time que goleou o fraco Fluminense;

2b) Tática errada (II). A equipe teve humildade contra São Paulo, Inter e Grêmio e se deu bem. Contra Flamengo, Atlético-MG e Palmeiras resolveu ir pra trocação tipo MMA, quis encarar de peito aberto e se deu mal.

2c) Tática errada (III). O bom início no Allianz Parque fez mal. Aqueles 15 primeiros minutos encorajaram (ainda mais) a equipe a ir de peito aberto contra um time que está em ótima fase e fora de casa. Ao tomar o gol, tudo desandou. Dali em diante, nada deu certo;

3) Individualmente mal. Há jogos que você tem dificuldade de achar um jogador que foi bem. O Corinthians viveu isso no Dérbi. Vários estiveram abaixo, sendo Gabriel como o representante maior desse péssimo jogo individual;

4) Falta de mobilização. Devido aos 5 a 0, interna. Devido à pandemia, externa. O CT Joaquim Grava vive uma bolha perigosa para um clube popular como é o Corinthians. Bolha essa que pode não fazer diferença em jogos menores, mas que atrapalha em momentos de decisão;

5) Momento do rival. O Palmeiras é finalista da Copa do Brasil, da Libertadores, pode ir ao Mundial de Clubes e briga pelo título brasileiro. O corinthiano tende a ver os próprios defeitos, mas há um adversário em ótimo momento do outro lado. Como esteve o Corinthians várias vezes na última década...;

O desastre já foi. Agora é tentar recolher os cacos e seguir em frente. Os dois próximos jogos são 'do campeonato do Corinthians', diante de Sport e Red Bull Bragantino, em casa. Sim, na minha visão, o Corinthians não tem time pra bater de frente com os líderes.

Estava jogando mais do que eles, mas muito pela queda de produção alheia do que mérito próprio. Triunfar contra os melhores, para o atual Corinthians, é exceção. A regra é não ganhar. O campeonato, até agora, mostra isso:

SPFC (D e V)
Inter (V)
Galo (D e D)
Palmeiras (D e D)
Flamengo (D)
Grêmio (E e E)
Santos (E)

Veja mais em: Campeonato Brasileiro e Vagner Mancini.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Por Rodrigo Vessoni

Formado pela FIAM, trabalhou na Rádio Transamérica e, por 12 anos, no LANCE!. Neste momento, também é repórter da Rádio 9 de Julho, SP (AM 1600). Participa ainda, quando chamado, de programas na TV.

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