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Corinthians está sem rumo e corre o risco de passar por vexames históricos
Tomás Rosolino

Tomás Rosolino é jornalista faz um tempo. Formado em jornalismo pela Cásper Líbero, ex-Agora SP e Gazeta Esportiva. Hoje no Meu Timão. Vejo muito esporte, todo dia, o dia todo.

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Corinthians está sem rumo e corre o risco de passar por vexames históricos

Romero comemora gol no 6 a 1, passagem histórica de Corinthians e São Paulo

Foto: Foto: Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians

O Corinthians desagrada pelo jeito de jogar, perde pontos fáceis e, por vezes, dá sinais de que nada pode ser aproveitado no ano que vem. Ainda assim, uma razoável quarta colocação no Campeonato Brasileiro vai adiando qualquer mudança e torna o ano da equipe suscetível a vexames históricos, semelhante ao ocorrido com o rival São Paulo, em 2015.

Explico: quatro anos atrás, quando saí do Jornal Agora para a Gazeta Esportiva, tive a oportunidade de cobrir o São Paulo por quase um ano. Em meio a uma crise institucional e várias trocas de jogadores, o clube, nos números, até que fechou bem a temporada: semifinal da Copa do Brasil, G4 do Brasileiro e classificado à Libertadores, algo próximo do atual cenário corinthiano. A realidade, no entanto, é que um vexame foi o que mais marcou aqueles meses.

Enquanto a diretoria do clube do Morumbi falava em "força institucional" e "grandeza" para exaltar, flertando com a soberba, o fato de a equipe estar melhor que 16 concorrentes mesmo em uma fase tão ruim, os são-paulinos foram deixando de lado indícios de que as coisas estavam erradas, como empates sem gols contra times da zona de rebaixamento.

O primeiro choque de realidade veio em uma semifinal já na parte final da temporada (Del Valle?). Diante do Santos, a equipe então comandada por Doriva mostrou os mesmos erros defensivos e a falta de repertório, levando 3 a 1 no Morumbi. Uma onda de otimismo fez o clube crer em reviravolta na Vila Belmiro, mas o resultado, é claro, não veio: outro 3 a 1 e um quase vexame evitado pelo fato de os santistas terem diminuído muito o ritmo.

Sustentado em uma boa campanha como mandante (parecido com alguém), o São Paulo foi segurando as pontas, não planejou o ano seguinte e confiou que o G4 apagaria qualquer derrota fora de casa para time na zona de rebaixamento ou bons resultados em casa jogando menos que o adversário.

Até que veio o inevitável: diante de um Corinthians reserva, já campeão brasileiro e reforçado por Cássio, Fagner e Gil, o São Paulo foi humilhado na Arena. Muito mais encaixado no estilo de jogo e solto, o Timão fez 6 a 1 e podia até ter conquistado mais se forçasse o ritmo. Um resultado que simbolizou o título e, de quebra, marcou a maior goleada na história do confronto. Muito mais emblemático que uma vaga para um torneio continental e assunto para décadas.

Em queda livre, o clube do Parque São Jorge poderia já ter sido goleado na quinta-feira, quando os reservas do Athletico-PR, despreocupados, desperdiçaram um caminhão de gols. O problema, porém, pode não ter essa solução quando o Corinthians encarar de frente. Por exemplo, Flamengo e Palmeiras, dois jogos fora de casa nos quais, em suma, ninguém perderia a chance de humilhar o time mais vitorioso da década no país se ela aparecesse.

A solução para isso esse que vos escreve não tem. Colocar o time para jogar mais? Pode ser. Sustentar a ideia do 0 a 0 fora de casa o máximo possível? Outra possibilidade. O mais importante, porém, é que os responsáveis por escalar e entrar em campo encarem esse perigo como real e evitem que a temporada de 2019 fique na lembrança da torcida por muito mais tempo depois do dia 31 de dezembro.

Veja mais em: Títulos do Corinthians e Campeonato Brasileiro.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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