Análise: Corinthians é humilhado pelo líder e coloca sequência de Sylvinho em 2022 distante
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Por Tomás Rosolino
O Corinthians foi humilhado pelo Atlético-MG na noite desta quarta-feira. Não há outra palavra para descrever um jogo em que um time vence o outro por 3 a 0, perdendo chances claras e sem que o seu goleiro faça uma defesa sequer. E isso deixa em dúvida a sequência de Sylvinho para 2022.
O jogo, principalmente a etapa final, foi traduzido nos cinco minutos finais. Depois de Giuliano perder a única chance de gol do Corinthians, aos 45, os anfitriões tocaram a bola como quiseram, com direito a olé e uma "petecada" de Réver, que acabara de amarrar o cadarço da chuteira. No fim, golaço de Hulk.
Entrevistei o presidente Duilio Monteiro Alves na terça e ele foi enfático ao dizer que nunca pensou em demitir Sylvinho, nem quando pediu um tempo ao elenco em reunião com as organizadas nem agora. Um baque como esse, no entanto, é para se repensar o que o clube quer em 2022.
O revés é a pior derrota de Sylvinho no número e se compara ao 3 a 1 contra o Flamengo, mas, para este que vos escreve, piorado. Diferentemente daquela vez, não era um time de jovens do Corinthians em campo nem um adversário que vinha dominando todos em sequência. Não se pode perder desse jeito.
Para além do erro na escalação, outra vez sem conseguir encaixar Renato Augusto em uma função que abrisse espaços para os atacantes, Sylvinho ainda foi terrível nas trocas, deixando o time aparentemente sem entender o que tinha de fazer em campo.
A entrada de Gabriel Pereira mandou Renato para o meio, Róger para centroavante e Mosquito para ponta esquerda, além de deslocar Giuliano para a direita da armação. Um convite para um time que não havia entendido muito bem o que fazer mostrar ainda mais desorganização.
Por mérito e demérito de Cássio, o placar virou 1 a 0, mas o time foi incapaz de manter a distância curta para jogar pressão nos donos da casa. Na primeira falha de Renato desde o seu retorno, o 8 perdeu a bola na frente da defesa e Keno acertou o ângulo. Com 2 a 0 no placar, o time da casa sobrou.
Sylvinho ainda tentou com Jô e Vitinho, mas o medo de mexer na trinca Gabriel, Renato e Giuliano imperou. Fagner salvou um vexame ainda maior, praticamente se salvando em meio aos erros alvinegros.