Sandro Silva
Vítor Pereira é um grande treinador. Com um elenco apenas bom e que por conta de tantas circunstâncias foi limitado na maior parte da temporada, faz campanhas dignas em termos de resultados. Exceto na Copa do Brasil, que tem a obrigação de reverter em casa na quarta-feira. No mais, o Paulista não tinha como. Na Libertadores fez uma 1a fase apenas ok, foi heroico na Bombonera e perdeu na Arena a classificação para a mulambada. Porque no Maracanã, caso o placar em SP tivesse sido o normal para esse duelo, que fosse 1x0, o resultado poderia ter sido outro. Mesmo assim, fomos longe na Liberta. Não teríamos avançado com outro cara no comando. Por fim, o Brasileirão, onde nos mantemos nas cabeças desde o começo, mesmo sendo tecnicamente inferiores aos três favoritos. O que precisamos levar em conta é que estamos passando, ou tentando passar, por uma mudança de paradigma no futebol do clube. E isso tem um preço. Tirando as derrapadas verbais do por vezes irritadinho VP, é uma boa notícia que jogadores não gostem dele, de seus métodos. Isso é ótimo. Chega de paternalismo e brodagem. É uma excelente notícia o respaldo que ele dá para a base. É um ano de ruptura, alguns pratos precisam e estão sendo quebrados. Seria muito bom se a direção conseguisse mantê-lo para que ele monte o elenco 2023. Para que ele tenha como conduzir a pré-temporada. Para que ele faça a limpa no elenco, caso seja necessário. Mas para isso, é preciso garantir a vaga na Libertadores. É aí que o bicho pega. Tem que atropelar na 4a-feira. Tem que fazer gol, algo que parece ser bem sofrido para os nossos atacantes.
