Eduardo Calixto
Estou vendo severas críticas a nova campanha de marketing realizada pelo Corinthians.
Alguns argumentam que o clube foi “longe demais”, que “com religião não se brinca”, “um absurdo com a imagem de Deus”.
Pois bem, antes de mais nada devemos ter a noção que dentro do modelo de Estado brasileiro em que vivemos, nossa Constituição Federal assegura em seu artigo 5º, inc. VI que “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias”.
Em outras palavras, amparando-se ainda pelo artigo 19, I, da Constituição Federal, vivemos em um Estado laico.
A partir disto, qualquer crítica tecida pela torcida, pela mídia, por outras religiões, não passam de opiniões e que devem ser respeitadas, na medida que não violem a liberdade do próximo.
Que fique claro que o clube ao estabelecer um novo culto e nova forma de devoção ao tal Corinthiasmo, é livre para fazer e deve ser respeitado, sem moções de ódio e preconceito.
Afinal, a visão que cada indivíduo cultua sobre Deus e religião é pessoal e única. Desde o católico ao protestante, do espírita ao umbandista, do ateu ao cientólogo e assim por diante.
Aos devotos de cada crença, sejam livres para adorar suas crenças e respeitem a do próximo como se fossem a sua.
