A maior preocupação do Corinthians no segundo tempo na verdade é fora das quatro linhas
Opinião de Julia Raya
19 mil visualizações 82 comentários Comunicar erro
O Corinthians não apresenta nem de perto o futebol que o torcedor esperava, e isso é inegável. Por diversas vezes, o time parece lento e fica irreconhecível em campo, principalmente no segundo tempo. E Tiago Nunes não tem dado conta de solucionar esse problema. Não (só) por falta de peças.
A queda de rendimento do Corinthians no segundo tempo não foi exclusividade de nenhuma partida alvinegra nessa maratona pós-paralisação do futebol. Mas ela fica mais evidente em algumas partidas, como na contra o Atlético-MG.
Não só contra o time mineiro, no entanto, o Timão vem precisando, de mudanças no segundo tempo, principalmente na parte ofensiva. Mas elas têm demorado a acontecer e isso tem sido extremamente prejudicial ao Corinthians.
Se analisarmos as súmulas dos dois jogo da equipe pelo Campeonato Brasileiro, a substituição com menos tempo de partida feita por Tiago Nunes aconteceu aos 19 minutos do segundo tempo - com exceção da troca forçada de Vital por Araos, no jogo contra o Grêmio, que aconteceu ainda na primeira etapa. Depois, o treinador realizou mudanças aos 29, 34 e 44 minutos.
Ou seja: o jogador que foi lançado a campo por Tiago Nunes durante o decorrer do jogo e mais teve tempo atuou por 26 minutos - desconsiderando os acréscimos.
Os treinadores agora têm direito a cinco alterações por jogo, e Tiago Nunes precisa aprender a fazer bom proveito disso. O comandante até realiza as substituições (contra o Atlético-MG fez quatro e contra o Grêmio fez as cinco), mas demora.
Até agora, foram:
- Três alterações aos 19 minutos do segundo tempo;
- Duas alterações aos 34 minutos do segundo tempo;
- Uma alterações aos 29 minutos do segundo tempo;
- Duas alterações aos 44 minutos do segundo tempo;
Com pouco tempo de jogo, os atletas pouco conseguem fazer em campo. E para jogadores novos (tanto de idade como de tempo de clube), isso pode ser ainda mais prejudicial.
Léo Natel, por exemplo, foi acionado pelo treinador no jogo contra o Grêmio, quando o time precisava de um gol para conseguir os três pontos, aos 44 minutos da segunda etapa. Ele ainda contou com os acréscimos para aumentar seu tempo em campo. Isso não faz sentido. Não era nenhuma partida que o time tinha o placar a seu favor para a substituição ser apenas uma maneira de gastar tempo.
Definitivamente, o treinador corinthiano precisa mexer melhor no time.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
Avalie esta coluna
Veja mais posts da Julia Raya
- Uma temporada que já apresenta uma evolução nítida e um saldo positivo
- Dói dizer, mas não dá para negar que Jô acertou - depois de muito errar
- 16 dias e o descaso da CBF com o Brasileirão Feminino
- A diretoria foi cega e isso pode custar a temporada do Corinthians
- O Corinthians fez da #Grazi200 um grande evento, como ela merece
- 4 de julho: um dia duplamente eterno