O que esperar das principais categorias de base do Corinthians em 2022
Opinião de Luis Fabiani
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Marcada pelo desmando e pelos maus resultados em campo, a base do Corinthians precisa dar uma resposta nesta temporada que se inicia. Ainda que nos bastidores os primeiros meses não sejam animadores (dada a saída de Gustavo Almeida, ex-treinador da categoria Sub-17), é possível que, dentro de campo, o futebol amador do clube dê bons frutos.
Bem como em 2021, o Sub-17 do Corinthians é a categoria que mais me reserva expectativas. Nela, juntam-se aquelas que para mim são as safras mais promissoras do clube: os atletas nascidos entre 2005 e 2006.
No Sub-20, apesar de entusiasta dos bons valores que a equipe possui, o sentimento é predominantemente de dúvida. A pedido do presidente Duílio Monteiro Alves, o técnico da equipe será Danilo, ex-meia do Corinthians. A gosto pessoal, o estilo extremamente defensivo do ex-camisa 20, mostrado em sua curta trajetória como treinador, não me parece o mais conveniente à categoria.
Sub-17
A boa safra de talentos não é o único fator animador da equipe. No último mês, o clube anunciou a contratação de Guilherme Dalla Déa, treinador campeão do mundo pela Seleção Brasileira na mesma categoria. Um treinador estudioso, experiente, de boas ideias, e que já exportou uma série de jovens para a categoria profissional.
Ainda que Dalla Déa não tenha sequer dado treinos, já é possível esboçar uma provável escalação para a temporada. Felipe Longo, Léo Agostinho, Moscardo, Gustavo Henrique e Enzo; Thomas Lisboa, Bahia, Breno Bidon e Adryan; Wesley e Pedro.
Ainda que entre muito gosto pessoal na análise, considero que os dois jogadores mais promissores das categorias de base do clube estão nessa escalação. Casos de Breno Bidon, volante, e Pedro, atacante - o último inclusive atuou na última edição da Copa São Paulo.
Palpito que será uma categoria capaz de competir a nível estadual e nacional. Neste ano, disputa Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e Campeonato Paulista.
Sub-20
Conforme citado no início desta coluna, Danilo chega ao Sub-20 sob o fardo de um treinador que prioriza linhas baixas, pouca posse e contra-ataques velozes. Em sua trajetória no Sub-23, priorizou o esquema 4-2-4, com pontas velozes, um centroavante de área e um centroavante de mobilidade.
O esquema em si não dista muito do que Diogo Siston, ex-treinador da categoria, tentou introduzir na equipe. A diferença maior estaria na conduta em campo, já que Danilo, até o presente momento, não parece um grande entusiasta de marcar em pressão alta por boa parte do jogo.
Volantes combativos, pontas velozes, ao menos um lateral de imposição física. No "chutômetro", imagino o Corinthians Sub-20 de Danilo com: Bruno, Léo Mana, Alemão, Robert e Murillo; Vitor, Ryan. Varanda e Keven; Felipe e Giovane.
Ao meu ver, é uma categoria que tem onze jogadores promissores em sua equipe titular, e um banco reforçado. A menos que a desorganização institucional tome conta (bem como aconteceu em 2021), é uma categoria que briga pelos campeonatos que disputa nesse ano: Campeonato Brasileiro, Campeonato Paulista e Copa RS (a confirmar).
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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