Presidente do Corinthians ainda não procurou técnico para substituir Coelho
Informação de Marco Bello
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Apesar da entrevista coletiva que o presidente Andrés Sanchez concedeu no último dia 14 de setembro, em que disse que o técnico Coelho era treinador do Sub-20 do Corinthians e estava apenas interinamente no cargo, o Corinthians ainda não procurou oficialmente um técnico para substituí-lo.
Nesta mesma entrevista, o presidente do Timão disse que estava à procura de um treinador, mas perguntado pela reportagem do Meu Timão se já teria entrado em contato com algum, respondeu com um enigmático “não sei”.
A reportagem conversou com pessoas ligadas ao presidente e obteve duas informações importantes. A primeira, é que Andrés só trocaria Coelho neste momento por um técnico “de nome” e “experiente”. Atualmente existem pouquíssimos profissionais com estas características no mercado.
A segunda informação, e talvez a mais importante, é que ao contrário do que falou na coletiva, Andrés quer sim dar uma chance para Coelho mostrar seu trabalho. Se estiver trazendo resultados, ficará o tempo que for necessário.
Só lembrando que a entrevista coletiva do presidente foi um dia depois do episódio do aeroporto, quando jogadores do Corinthians que desembarcavam do Rio de Janeiro foram xingados e ameaçados por torcedores.
Quando o presidente disse que Coelho era apenas um técnico “tampão”, o objetivo principal foi tirar a pressão em cima do treinador. Nos dois dias que se seguiram, imprensa e torcedores se concentraram em quem seria o novo treinador, e “esqueceram” o time e Coelho, que treinaram o suficiente para vencerem o Bahia dois dias depois.
A vitória trouxe tranquilidade nesta semana cheia de trabalho, e um novo resultado positivo contra o Sport deixará Coelho ainda mais prestigiado no cargo.
Claro que há nomes de treinadores na mesa do presidente do Timão. Se Coelho for mal, não trouxer resultados e a diretoria perceber que precisa mudar, vai contratar sim.
Nesta lista já figuraram os nomes de Sylvinho, Dorival Junior e Abel Braga. Mas os três nomes tem rejeição do próprio presidente. Os dois primeiros já recusaram o clube em outras oportunidades, e o terceiro participou do episódio do rebaixamento de 2007, quando fez chacota da queda do Timão.
Coelho tem rejeição zero entre os atletas e o apoio do torcedor. Somando-se a isso os resultados positivos, é o que o presidente precisa para alavancar seu candidato, Duílio Monteiro Alves, nas eleições de novembro.
Um contrato com o técnico Luiz Felipe Scolari chegou a ser discutido, mas a chance de haver mais rejeição do que aprovação dos associados que votam nas eleições pesou contra.
Enquanto isso, Dyego Coelho vai trabalhando em paz e tendo a “oportunidade da vida” de se tornar em definitivo o treinador de futebol do time profissional.
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