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Corinthians contrata o pai de Jesus
Roberto Gomes Zanin

Jornalista, diretor da RZ Assessoria, Bicampeão do mundo. Não sou ligado a nenhuma corrente política do clube. Quero apenas o melhor para o Timão. Discorde à vontade, mas com o respeito aos irmãos

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Corinthians contrata o pai de Jesus

VP tem tudo para dar certo no Timão

Foto: SERGEI SUPINSKY/AFP via Getty Images

Penúltima rodada do Campeonato Português 2012/2013. Porto e Benfica disputam cabeça a cabeça o troféu.

Jorge Jesus, havia perdido o título para o Porto, de Vítor Pereira, na temporada anterior. Consagrado no país, JJ estava entalado com o ex-auxiliar de André Villas-Boas, que havia desbancado o seu trono. Agora, o Benfica estava com um pontinho de vantagem sobre o Porto.

Em jogo eletrizante, o empate em 1 a 1 permanecia. O Benfica abriu o placar, logo de cara, aos 18 minutos. Sete minutos depois, o Porto empatou.

Inconformado com o empate, Vítor Pereira deu sua última cartada, aos 34 minutos do segundo tempo. Sacou Lucho Gonzáles, que jogava como volante, e colocou Kelvin, atacante de beirada.

Já nos acréscimos, 91 minutos, Kelvin tabela com o Levezinho, o famoso Liedson (que tanta alegria nos deu), domina já ajeitando a bola para, da entrada da área, desferir um balaço rasteiro, que beija a bochecha da rede.

A TV portuguesa, no ato, corta a imagem para a reação de Jorge Jesus. O treinador cai sobre os joelhos. Sabia que o campeonato acabara ali.

O Porto passou a depender só de si na última rodada e não deixou o título escapar.

Jesus virou freguês de Pereira.

O episódio ilustra a primeira grande qualidade do nosso novo técnico. A perseverança e a raça que transmite às suas equipes. Não foi a única vez que Vítor tirou vitórias do fundo da cartola, com gols no finalzinho. Vocês lembram de um time com torcida que apoia até o fim e que faz gols no último minuto?

Outra qualidade, a meu ver, fundamental para este Corinthians, é o estilo de jogo intenso e ofensivo que o nosso mister adota. Ele prefere o 4-3-3, mas migra para o 4-2-3-1 e se adapta ao elenco que tem. E propõe jogo. Quer a bola. O Timão vai sufocar os adversários na Arena. Se tudo correr bem (e vai), os jogos na Arena terão a torcida, o time e o treinador em cima dos oponentes. Isso porque, outra virtude, Pereira joga junto com o time. Contagia os onze que estão em campo e mantém os reservas em estado de alerta.

Fora de casa, a ideia é manter a ofensividade, mas com um pouco mais de cautela. A boa notícia é que não seremos reativos nunca. Chega de dar a bola para o adversário e ficar lá atrás, jogando por uma bola.

Outra característica que vai cair em cheio no gosto da Fiel é que o homem é meio doido. Maluco do bem. Em entrevista coletiva à época em que treinava o Al Ahli, Vitão (seria um bom apelido) criticava um jogador, chamando-o de mal profissional, quando o jornalista que organizava a entrevista, ditou regra para ele. “Não fale sobre jogadores. Fala sobre aspectos técnicos do jogo”. Isso dito por um árabe de turbante e tudo, com aquele estilo autoritário típico de filmes de Hollywood.

O português virou bicho. "Meu amigo, falo sobre o que eu quiser. É a primeira vez na minha vida que alguém me diz o que eu posso dizer. Quer ser polícia?”.

Sabem o que aconteceu? Ele retomou a entrevista e cuspiu marimbondos. Falou tudo o que o árabe não queria que ele falasse.

Gosto do cara.

No futebol tudo pode acontecr, mas é possível diminuir a margem de erro. Quando contrataram Sylvinho disse que TUDO indicava que não daria certo. Dessa vez, tudo indica o contrário. Deus me ouça!

Veja mais em: Mercado da bola.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Coluna do Roberto Gomes Zanin

Por Roberto Gomes Zanin

Jornalista, diretor da RZ Assessoria de imprensa, bicampeão do mundo. Não sou ligado a nenhuma corrente política do clube. Quero apenas o melhor para o Timão. Discorde à vontade, mas com o respeito.

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