Corinthians, enfim, monta um time à altura de Cássio e Fagner
Opinião de Tomás Rosolino
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O Corinthians pôde encher a boca nos últimos três anos e dizer que teve dois atletas no elenco da Seleção Brasileira na última Copa do Mundo, mas passou longe de montar um time minimamente competitivo para colocar ao lado de Cássio e Fagner, duas referências históricas vivendo o auge físico. Agora, parece caminhar em outra direção.
Tive esse raciocínio há cerca de uma semana, em live no canal do YouTube do Meu Timão, e resolvi registrar aqui no espaço escrito. Dois ídolos da história recente do clube escolheram ficar no Corinthians mesmo com equipes de qualidade duvidosa e longe de disputar títulos. É fato: ambos seriam titulares de praticamente todos os outros clubes do continente, salvo raras exceções.
A começar por Cássio, pretendido por clubes europeus na trajetória recente e pelo Grêmio, seu time de infância, mas que escolheu navegar por mares agitados no Corinthians. Depois do título paulista de 2018, já num esforço bravo sem Guilherme Arana e Jô, viu o Timão repor saídas com opções muito piores consecutivamente.
Isso, tenho certeza, o fez perder espaço até na Seleção Brasileira, já que o Corinthians ficou à parte nas disputas nacionais, a ponto de absurdamente vermos nomes como Santos e Everson serem chamados antes do Gigante alvinegro. Um erro, para mim, mas corroborado pelos times ruins montados pelo Timão.
Fagner, por sua vez, voltou da Rússia como um dos raríssimos titulares da elite do torneio (campeões + Bélgica) que atuavam na América do Sul. Seu status estava no patamar dos uruguaios Nández e Arrascaeta, do também brasileiro Filipe Luis, que retornou no ano seguinte, e houve procuras tanto de fora quanto do mercado interno.
Diferentemente deles, porém, Fagner ficou impossibilitado de brigar no topo do país e do continente no período porque ser o melhor defensor e o melhor armador do Corinthians nesses anos indicavam a pobreza da sua companhia. Com isso, também tem de ver nomes claramente abaixo do seu futebol serem cogitados na Seleção.
Ao menos no papel, isso parece ter ficado para trás. Com Giuliano, Róger Guedes, Renato Augusto e Willian, os dois últimos também nomes que estiveram com a Seleção na última Copa, Cássio e Fagner terão um esquadrão para bater de frente no Brasil e na América do Sul. A dupla merece.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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