Corinthians Sub-20 ganha 'cara nova' e mostra que pode chegar forte na Copinha
Opinião de Luis Fabiani
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À deriva, o Corinthians Sub-20 demorou para criar uma identidade. Uma afirmação que foge ao debate, já que foram seis treinadores que passaram pela categoria em um período de dez meses, com diferentes filosofias de trabalho. Ou seja, não se sabia o que esperar da equipe para o ano que estava por vir.
E o começo de temporada não foi nem um pouco promissor. Com Márcio Bittencourt, e sua ideia de jogo físico e ligações diretas, o Corinthians foi eliminado de maneira vexatória pelo União ABC-MS, pela Copa do Brasil Sub-20. Os métodos ultrapassados de treinamento, com uma forma autoritária de trabalhar, perduraram por mais de 100 dias na categoria. Os bons trabalhos de Dyego Coelho e Carlos Leiria teriam seus legados colocados em cheque àquela altura.
E foi com Tarcísio Pugliese que o clube buscou trazer de volta a identidade que vinha criando na última temporada. O discurso era de um jogo vistoso com bastante ofensividade. Na prática, porém, um time com quatro zagueiros que limitava sua posse ao campo de defesa. Em cinco jogos, dois gols marcados e 13 sofridos.
Nesse cenário de indefinição, e de ciclos quebrados, Diogo Siston deixou o Vasco para assumir o Corinthians. De cara, e até como principal gatilho para que eu escrevesse esse texto, vê-se um jogo muito pautado na evolução individual dos jogadores. Como deve ser em um trabalho de formação, o coletivo deixa de ser o mais importante.
No curto tempo de trabalho, Guilherme Biro já se consolida como um meia dos bons. Cauê acumulando gols atrás de gols. Ryan Gustavo, Riquelme, Reginaldo e Léo Mana, dentre outros, colecionando boas atuações.
Com tempo para Siston trabalhar, e com a ótima geração 02/03/04, o Corinthians dá indícios que brigará pelo título da Copa São Paulo em 2022. Ainda assim, a conquista não é o que mais me importa.
O Corinthians Sub-20 começa a ganhar uma cara, é essa cara é a dos jogadores. Na base, o mais importante não é empilhar taças, mas exportar joias para o profissional. O que parece irônico para a instituição mais vencedora no principal torneio de juniores do planeta.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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