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Técnicos demitidos do Corinthians duraram em média seis meses no cargo desde a saída de Tite
Marcelo Becker

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Técnicos demitidos do Corinthians duraram em média seis meses no cargo desde a saída de Tite

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Técnicos demitidos do Corinthians duraram em média seis meses no cargo desde a saída de Tite

Duílio agora está com uma responsabilidade enorme em suas mãos

Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

A pressão que era grande ficou insuportável. Com isso, após derrota para o Santos por 2 a 1 em jogo válido pelo terceira rodada do Paulistão 2022, disputado nessa quarta-feira na Neo Química Arena, o Corinthians demitiu Sylvinho. Agora, mais uma vez o clube do Parque São Jorge está no mercado em busca de um novo técnico para sua equipe de futebol profissional masculino.

Sylvinho foi mais um dos técnicos de curta passagem pelo Corinthians

Sylvinho foi mais um dos técnicos de curta passagem pelo Corinthians

Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

Alguns nomes já começaram a ser cogitados. Jorge Jesus, ex-Flamengo e livre no mercado após ser demitido do Benfica parece ser o favorito. Renato Portaluppi também pode ser opção, já que o próprio Corinthians tentou ele antes de contratar Sylvinho. Ainda é cedo e até de fato o presidente Duílio Monteiro Alves contratar um treinador para o cargo, muitos nomes devem ser especulados.

Aliás, em relação ao mandatário maior do clube, a impressão que tive foi de que a interrupção no trabalho de Sylvinho foi muito mais resultado da pressão sofrida pelo presidente, do que falta de crença no trabalho do ex-lateral no comando do time.

Duílio agora está com uma responsabilidade enorme em suas mãos. Ele, que já foi diretor de futebol em diretorias passadas, viu o primeiro treinador de seu mandato durar nove meses na função.

Se pegarmos como base todos os profissionais que assumiram como técnicos efetivos do Timão desde a saída de Tite em 2016, na média estes treinadores ficaram no cargo apenas seis meses. Veja abaixo:

  • Cristóvão Borges: três meses
  • Oswaldo de Oliveira: dois meses
  • Osmar Loss: três meses
  • Jair Ventura: três meses
  • Fábio Carille: 11 meses
  • Tiago Nunes: nove meses
    V. Mancini: oito meses
  • Sylvinho: nove meses

Apostas em nomes que conheciam o clube, ou mesmo a crença de que o sistema de jogo já estava estabelecido seria suficiente, e assim quem chegasse poderia dar conta do recado e fazer o time seguir sendo vitorioso como foi na última década.

Após um período sem grandes reforços, o elenco atual é recheado de bons jogadores. Alguns experientes, vitoriosos com a camisa corinthiana e também fora do Brasil. Assim, como dito acima, a responsabilidade do presidente Duílio Monteiro, do diretor de futebol Roberto de Andrade e do gerente de futebol Alessandro Nunes é enorme. A margem de erro da temporada já foi usada ao iniciar 2022 com Sylvinho. Seguir com o técnico que já era muito criticado ano passado foi uma escolha dos três, eles sabiam do desgaste e mesmo assim mantiveram Sylvinho no comando do time.

O desgaste foi grande, a paciência do torcedor se esgotou após três jogos de 2022, que trouxeram “gatilhos” de atuações de 2021. Ninguém mais acreditava em algo novo, o que se viu foi o famoso mais do mesmo. E agora, teremos depois de alguns anos um treinador longevo no Timão? Para isso a escolha precisa ser bem feita. A ver...

Veja mais em: Sylvinho, Tite e Diretoria do Corinthians.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Por Marcelo Alexandre Becker

Gaúcho corinthiano desde agosto de 1981, formado em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo, com especialização em Jornalismo Esportivo na Faculdade Cásper Líbero. Atua na imprensa desde 2003.

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