Ainda neste sábado, um pouco mais cedo, a minha colega Julia Raya subiu uma coluna comentando como é gostoso assistir ao time de basquete do Corinthians. Comecei a refletir sobre esse sentimento e a quanto tempo eu não pensava a mesma coisa sobre o futebol alvinegro. E olha, faz tempo!

Como era de se esperar, o jogo contra o Grêmio, neste sábado, foi mais um daqueles de pregar o olho na televisão. Apesar de um bom início, ficou nítido que a ideia sempre foi priorizar um empate do que correr o risco de perder ao tentar vencer.

Durante o seu texto, a Julia comenta o fato de que a equipe de basquete do Corinthians não desiste de nenhum lance e de nenhuma partida. Ela lembra, por exemplo, a cesta fenomenal do armador Zoom Fuller no segundo jogo da semifinal do Campeonato Paulista, que deu a vitória ao Timão com o cronômetro zerado.

Com isso, me questiono: quando iremos ver o armador Jadson lutar até o minuto final por uma chance de um gol da vitória? Ou Clayson? Ou Mateus Vital? Ou Vagner Love? Quem for que seja, é impensável imaginar alguém que arrisque algo a mais nesta equipe comandada por Fábio Carille em 2019.

E o próprio treinador afirmou, em entrevista depois do jogo, que vem trabalhando nesta temporada a "ambição de gol" dos seus atletas. Mas como é possível ter tanta falta de vontade em um time que luta pelas principais competições? E que aparentemente, não tem nenhum problema interno.

Mas a verdade é essa. O Corinthians de 2019 é completamente apático, joga sem vontade e com isso acaba tirando a mesma vontade do telespectador de assistir. Lembrando que, apesar de uma paixão que literalmente move o mundo, o futebol não passa de um entretenimento. E não há como entreter sem um mínimo de ambição.

O pior de tudo, ao meu ver, é que mesmo assim a equipe consegue resultados. Além de ser o time com menos gols sofridos no Brasileiro, o Corinthians conquistou 10 de 12 pontos possíveis nos últimos quatro jogos. E com isso até diminuiu a desvantagem contra os líderes do campeonato.

Por isso mesmo, Carille disse que não quer fazer mudanças drásticas no Corinthians neste ano. E eu concordo que ele tenha razão, pensando nos efeitos colaterais que isso possa ter. Mesmo assim, será que é tão difícil jogar um futebol minimamente legal de se assistir?

Veja mais em: Campeonato Brasileiro e Fábio Carille.

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