Uma análise do Corinthians com notas individuais dos jogadores
Opinião de Victor Cônsoli
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Uma final de Copa do Brasil entre Corinthians e Flamengo nunca tinha acontecido antes. Esse fator tornava o jogo da última quarta-feira ainda mais interessante, além, claro, das estratégias do Vitor Pereira para conseguir parar o Flamengo, que vem em grande fase e já eliminou o Timão na Libertadores nesta temporada.
Apresento para vocês uma análise de como o Corinthians jogou e uma avaliação individual dos jogadores com notas de 0 a 5. Sendo 5 (muito satisfeito), 4 (satisfeito), 3 (OK), 2 (Insatisfeito), 1 (Péssimo), 0 (Neutro).
Estratégia
O Corinthians manteve suas características e conseguiu parar Pedro, Gabigol e Arrascaeta. Pressionando o Flamengo quando a bola estava no campo de ataque, o time do Vitor Pereira marcou em um 4-4-2 onde o Renato Augusto ficava mais avançado.
Isso acontecia para que Renato pudesse dar o bote no portador da bola e participar de um possível contra-ataque. Quando a bola estava no seu setor defensivo, o time era mais compacto, apenas Yuri estava a frente da linha da bola, além de uma marcação por zona.
Para criar chances, o time aproveitava erros individuais da equipe carioca em sua maioria, mas também ia do canto para o centro, com Adson criando pela direita para tocar para o Yuri Alberto no meio, ou outros tipos de jogada.
Cássio
‘São Cássio’. Fez seis defesas no jogo, garantiu o zero no placar. Melhor jogador do Corinthians em campo, aparece nos momentos mais importantes e segue sua grande fase. Merece nota 5 na partida de ida da final.
Fagner
Experiente, Fagner não deixou ninguém passar pelo lado direito, somou quatro desarmes na partida. Ganhou dois dos três duelos aéreos e nove dos 11 terrestres e cometeu apenas uma falta em 90 minutos. Sólido. Nota 4.
Gil
Na partida, Gil foi fundamental para anular chances ofensivas do Flamengo. Sua cobertura, postura corporal, vontade e raça dominaram o ataque carioca. Três interceptações, dois desarmes, quatro cortes e dois chutes bloqueados foram as ações defensivas do zagueiro, segundo o Sofascore. Nota 5.
Balbuena
Xerife, ele quem comanda a última linha do Corinthians, organiza a linha de impedimento. Tem uma importância enorme no sistema defensivo do Timão, como é bom tê-lo ao lado do Gil no meu time. Nota 4.
Fábio Santos
Me surpreendi muito com as movimentações do Fábio Santos, em muitos momentos virava quase um ponta, se tornou uma peça de ataque do Corinthians. Aos 37 anos, participa efetivamente das duas fases do time (ofensiva e defensiva). Nota 4.
Du Queiroz
Para mim, o pior em campo. Perdido, pecava pelo excesso de vontade, fez uma falta aos tapas no Arrascaeta, tomava decisões ruins no ataque - quando era para tocar finalizava, quando devia finalizar tocava. Viveu seu grande momento, mas caiu demais. Nota 1.
Fausto Vera
O argentino tomou conta do meio-campo. Girava a bola por todo o campo, com passes longos e curtos, foi o terceiro jogador do Timão que mais tocou na bola (53 vezes) - o que mais tocou no setor. Teve 89,6% de passes certos e acertou seis das seis bolas longas. Que joia. Nota 4.
Renato Augusto
Assistir o Renato em campo é como ver um show de mágica. A cada lance com a bola ele surpreende. Em um curto espaço ele conseguiu um drible e deixou um companheiro na cara do gol. Quando o time tem a bola, ele toca e aparece conduzindo-a, faz o time rodar. Nota 3.
Adson
Para mim fez certo em começar, era a melhor opção e mais sensata pensando como o VP. Mas, infelizmente, os elogios acabam em 'muito esforçado'. Se movimenta bem e executa muito bem seu papel, mas com a bola no pé não faz diferença. Nota 2.
Róger Guedes
Na minha visão, deixou muito a desejar. Não finalizou muito, podia ser melhor no ataque, sua prioridade. Mas entendo até que tinha responsabilidades defensivas, muitas vezes estava quase na última linha. Nota 2.
Yuri Alberto
Se quando enfrentamos o Flamengo pela primeira vez não tínhamos um centroavante, dessa vez tivemos, e fez diferença. Fez tudo certo o jogo todo, buscava a finalização, duas das três finalizações no gol forma dele. Nota 3.
Vitor Pereira
Montou uma boa estratégia e fez a melhor escalação que podia. Anulou um dos melhores ataques do país. Demorou um pouco para mexer, mas manteve suas convicções. Só espero algumas mudanças para próxima partida da final. Nota 3.
Substituições
Giuliano e Ramiro entraram muito bem, ajudaram o Corinthians a ser mais intenso e mais produtivo, ambos merecem nota 4. Vital entrou muito bem, acertou 100% dos passes, mas não foi muito produtivo, nota 3. Para o Mosquito dou nota 2, que na minha visão foi indiferente em campo.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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