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Campeonato Paulista 2017

Titulos conquistados pelo Corinthians - Campeonato Paulista 2017
Elenco comemora a vitória no primeiro jogo contra a Ponte Preta

Ídolos que jogaram

O Corinthians começou 2017 sob forte desconfiança da torcida e da mídia.

Após sofrer com a saída de vários jogadores importantes na temporada anterior, perder Tite, contratar e demitir treinadores, o time passou o ano de 2016 em branco.

No Campeonato Paulista foi taxado como sendo apenas a quarta força do estado. Desacreditado, humilhado, menosprezado. Foi assim o começo do ano para o Timão. 

PRIMEIRA FASE

Cabeça de chave do Grupo A, o Corinthians dividia a tabela com Botafogo-SP, Ituano e São Bernardo e, como reza o regulamento, os times classificados do mesmo grupo se enfrentariam somente na fase de quartas de final.

Durante a fase de grupos o Corinthians foi tomando forma, se moldando segundo à filosofia do técnico Fábio Carille. Mesmo assim o time ainda era criticado, arrumavam defeitos aqui e ali, diziam que não empolgava, que era questão de tempo até cair.

Ah, meu amigo! Estavam errados!

O Corinthians foi ganhando uma nova cara, foi tomando forma, quando não dava na técnica ia na raça. Aliás, a volta da essência alvinegra foi o que mais marcou esse campeonato!

No gol, Cássio voltou a ser o de sempre: gigante nas decisões!

A defesa era um paredão formado por Pablo e Balbuena. Auxiliados pelos lado por Fagner e por Guilherme Arana.

No meio, Gabriel chegou, e virou  o novo cão de guarda. Jadson voltou e, ao lado de Rodriguinho, comandava as jogadas de criação. Maycon também compunha ali o meio campo, mostrando algo que pouco se via no Corinthians, as pratas da casa sendo utilizadas no time principal. Mais um crédito para o Fábio Carille que promoveu vários garotos do terrão. 

O ataque era o setor mais carente e menos produtivo. Mas aí veio o Jô, rei dos clássicos. Além dele tinha Romero, que compensava sua técnica pouco apurada com raça e vontade.

Foi o bastante para que o time avançasse mais e mais na competição.

Jô marca o gol do dérbi centenário na Arena

Jô marcou o gol do Dérbio centenário na Arena
Créditos: Daniel Augusto Jr/ Ag. Corinthians

Falando em clássicos, como deixar de citar o dérbi épico da fase de grupos?

Além de ser o centenário do clássico,o todo badalado Palmeiras sucumbiu a um Corinthians que tinha um jogador a menos! O Timão engoliu o time adversário no primeiro tempo e abriu o placar, que poderia até ter ficado mais elástico, não fosse o equívoco do árbitro em expulsar Gabriel, em um lance de falta cometido pelo menino Maycon!

Quem não vai se lembrar para sempre das máscaras lançadas pelo Corinthians com os rostos dos dois jogadores? Foi histórico! 

Assim o Corinthians foi avançando e se classificou como dono da segunda melhor campanha geral. 

QUARTAS DE FINAL

Nessa fase o Timão encarou o Botafogo-SP.

No jogo de ida, na casa adversária, o Timão saiu com o empate sem mexer no marcador, fazendo talvez o seu pior jogo no ano.

Rodriguinho marcou o único gol contra o Botafogo-SP, na Arena
Créditos: Daniel Augusto Jr/ Ag. Corinthians

Já em Itaquera, a Arena ferveu e o Corinthians avançou para a fase seguinte com uma vitória simples,o gol foi marcado por um dos jogadores mais importantes do campeonato, o meia Rodriguinho.

SEMIFINAL

Na semifinal, o São Paulo foi o oponente. Era então, para todos, a prova dos nove. E não é que o Corinthians tirou nota 10?

No Morumbi, como sempre nosso salão de festas, o Timão aplicou sonoros 2 a 0 no time do superestimado - agora técnico - Rogério Ceni. Na nossa Arena, um empate em 1 a 1 foi o suficiente para nos colocar na final.

Jô ganhou o título de Rei dos clássicos no Paulistão
Créditos: Daniel Augusto Jr/ Ag. Corinthians

Não tem como falar em clássico sem citar Jô. O atacante simplesmente marcou gols em todos os arquirrivais do Paulistão! O São Paulo foi o que mais sofreu! Tomou três, incluindo o tento da fase de grupos. 

FINAL HISTÓRICA

Tudo na história do Corinthians tem uma mística, algo a mais. Parece uma força que rege nosso caminho. 

No ano que em a segunda camisa foi lançada para homenagear aquele histórico título de 77. No ano que o último jogo da final seria o centésimo dentro da nossa nova casa. No ano em que fazia quatro décadas da conquista em que Basílio nos tirou do jejum no Paulistão. Quem seria nosso adversário na decisão? Não poderia ser outro, se não, a Ponte Preta.

O primeiro jogo foi lá em Campinas. O Corinthians tinha quase um time inteiro pendurado, oito dos onze jogadores estavam a um pé de desfalcar a finalíssima. Mesmo assim, o Timão foi pra cima da Ponte Preta, o jogo estava lá e cá, com o dono da casa também criando alguma chances, porém, após uma linda jogada entre Jô, Romero e Rodriguinho, o meia mandou a bola pro fundo da rede adversária. Era o primeiro gol do Timão. 

O segundo tempo começou com o Corinthians bem no jogo. Apesar das investidas da Ponte Preta, o Timão resistia. Ainda no comecinho da etapa final, o placar ficou ainda mais favorável para o time de Itaquera. Rodriguinho pega a bola em contra-ataque, arranca e toca para Jadson marcar os 2 a 0. 

A equipe de Campinas então sentiu o gol e não conseguia transpassar a defesa corinthiana. Foi assim que Rodriguinho, de novo, aumentou de cabeça a vantagem para  3 a 0.

Uma goleada incontestável, e uma atuação primorosa de Rodriguinho. 

Além do placar, o saldo de desfalques foi até bom para o Timão, apenas Rodriguinho e Gabriel ficariam fora da última partida. 

Rodriguinho marcou dois gols na primeira partida da final contra a Ponte Preta
Créditos: Daniel Augusto Jr/ Ag. Corinthians

O último jogo foi na Arena Corinthians, além de toda a importância que o evento já teria por si só, essa partida foi a de número 100 do Timão após a inauguração e também por marcar o primeiro título de mata-mata no estádio.

O Corinthians pisou no gramado com a taça na mão, a diferença de três gols era muito significativa e a Ponte Preta sequer chegou a assustar. 

Bandeirão em alusão à Fé Alvinegra estendido na final contra a Ponte Preta, na Arena
Créditos: Reprodução TV

O primeiro tempo foi um show da torcida, que levantou um bandeirão gigante em homenagem Fé Alvinegra. Dentro das quatro linhas, o Timão mandou no jogo, só não abriu o placar ainda no primeiro tempo por conta de algumas chances claras desperdiçadas. Teve até bola na trave! 

Na etapa final o Corinthians conseguiu, enfim, abrir o placar. O gol saiu dos pés dele, o artilheiro da Arena, Romero. No rebote ele não desperdiçou e mandou para o fundo da rede. O paraguaio pode ser contestado por sua qualidade técnica, mas nunca pela raça. 

Romero comemorando o gol na decisão do Paulista contra a Ponte Preta
Créditos: Rodrigo Gazzanel/ Ag. Corinthians

Depois do gol, o Corinthians sofreu com a pressão ponte pretana e levou o empate logo no finzinho do jogo. Mas já era tarde para o rival, que tinha que reverter o placar avassalador construído no primeiro jogo. 

O agregado foi de 3 a 1 e assim, o Timão levou para a casa mais uma taça do Paulistão, sua 28ª conquista.

LEVANTA A TAÇA, CÁSSIO

Cássio é remanescente das maiores glórias da história alvinegra, foi o melhor jogador do Mundial e nada mais justo do que ele levantar essa taça. 

Desacreditados, humilhados, menosprezados. Não tínhamos técnica, não tínhamos elenco, nem estrelas. Mas o Brasil esqueceu que o Corinthians não vive disso, o Corinthians, em sua essência, é raça pura! E foi na raça que a conquista veio!

Cássio foi escolhido por Fábio Carille para levantar a taça de Campeão Paulista 
Créditos: Rodrigo Gazzanel/ Ag. Corinthians

Sport Club Corinthians Paulista - Campeão Paulista de 2017

 

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